segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cinema brasileiro: a evolução!

Norma Bengell e Glória Menezes em O Pagador de Promessas

Fazendo uma rápida retrospectiva na história do cinema nacional, percebemos o quão tarde aconteceu o grande “salto” do nosso cinema. Foi só em 1960, com o “Cinema Novo”, que vários filmes ganharam destaque nos cenários nacional e internacional. Como “O Pagador de Promessas”, escrito e dirigido por Anselmo Duarte. O primeiro filme nacional premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes. A partir daí, diversos diretores impulsionaram o Cinema Novo. Com o lema: “uma câmara na mão e uma idéia na cabeça”, passaram a retratar a vida real, mostrando a pobreza, a miséria e os problemas sociais, dentro de uma perspectiva crítica, contestadora e cultural. Temos como exemplos, “Deus e o diabo na terra do sol” e “Terra em transe”.

A atriz Sonia Braga marcou presença em filmes da safra
Depois o cinema passa por altos e baixos, ou melhor, baixos e altos, pois 1970 e 1980 são as décadas da crise para o cinema brasileiro. Saem de cena a crítica e os problemas nacionais, surgindo os filmes de consumo fácil, com temática simples de caráter sexual. Eis que começa a era da “pornochanchada”, onde a qualidade é deixada de lado e os cineastas passam a produzir em larga escala. Mas a década de 1990, marcada pela diversidade de temas e enfoques, chega para salvar a pátria! O filme se transforma em um produto rentável e a indústria cinematográfica ganha impulso em busca de grandes bilheterias e altos lucros. As produções brasileiras passam a atender vários públicos: dos mais fãs das comédias aos mais chegados no drama. Além disso, surgem as políticas de incentivo e as empresas patrocinadoras, então o Brasil começa a produzir filmes que mobilizam grande número de espectadores.

Cena do filme ''Trabalhar Cansa'', longa de Juliana Rojas e Marco Dutra

Mas podemos dizer que a melhor fase do cinema nacional mesmo é a que estamos vivendo. Pelo menos a fase em que ele mais esta em evidencia, afinal, só neste ano o Brasil foi representado no Festival de Cinema de Cannes por dois longas, um curta e uma média-metragem. O curta Duelo antes da noite, de Alice Furtado, foi apresentado na mostra paralela Cinéfondation. Já o média-metragem Permanências, de Ricardo Alves Júnior, foi exibido na Semana da Crítica. Os longas “O abismo prateado”, de Karim Aïnouz e “Trabalhar Cansa” (único na competição oficial), da dupla de diretores Juliana Rojas e Marco Dutra, também estrearam na Croisette, em 2011. Sem falar em outras produções brasileiras que dão o que falar. 


Que continuemos assim, evoluindo e dando o que falar na cena nacional e internacional! :)


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