Você decide o final da história!

Há 19 anos a Globo já havia lançado um programa em que nós, telespectadores, podíamos interagir com uma ligação que decidiria o final, lembram? O famoso “Você decide”. Em vídeo games também podemos decidir. Decidir qual será o rumo do personagem, o fim do jogo, afinal estamos no comando dele. Até no teatro já assisti peças em que poderíamos decidir o final do espetáculo que mais nos agradaria.

Mas e o cinema que costuma ser uma arte autoritária, onde cabe à platéia assistir e, no máximo, gostar ou não. Você consegue imaginar até que ponto pode ir esse grau de interação? Já imaginou estar no controle de um filme? Se ainda não, nem precisa imaginar, pois isto já existe.

Agora, “a força da mente” do espectador pode definir o final da história. Para isso, o usuário usa uma espécie de fone de ouvido que capta e analisa suas ondas cerebrais. Dependendo do estado mental do espectador, o filme muda de rumo. A idéia veio de uma companhia britânica chamada Myndplay. O diretor do projeto, Ter Azam, diz que “é um novo gênero, mistura filmes e videogames. Você não escolhe só o final, mas interage com a narrativa desde o começo.”

Por enquanto o Myndplay não consegue analisar sentimentos complexos como alegria e tristeza, apenas o foco e o relaxamento do espectador. Ao combinar esses dois resultados, pode inferir outras emoções, como raiva, frustação e indiferença para modificar roteiros. No terror Paranormal Mynd (Mente Paranormal), por exemplo, se o espectador mantiver-se calmo e focado, consegue que duas meninas na trama sejam exorcizadas. Se não, elas morrem.

A companhia produz os filmes, que podem ser baixados em seu site por menos de US$ 2. Até agora, já foram 12 longas, de gêneros como terror e aventura. O próximo passo é testar a nova tecnologia no campo da antiga: uma sala lotada. “Ao dividir a platéia em dois grupos, poderemos fazê-los competirem para ver quem vai dominar o rumo da história.”

E aí, o que acharam da novidade? Logo, logo no cinema mais próximo da sua casa! ;)

Fonte de pesquisa: Revista Galileu de junho de 2011