O filme “Corneteiro não se Mata” com direção de Pablo Müller, produção da GM/2 Filmes, roteiro de Davi Pires e direção de fotografia de Fernando Vanelli, nosso superdiretor, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem ontem no LABRFF (Los Angeles Brazillian Film Festival), festival destinado a promover o audiovisual brasileiro nos Estados Unidos. Gravado em Cerrito do Ouro, próximo a Caçapava do Sul, o curta foi exibido na RBS TV como parte do programa Curtas Gaúchos, em dezembro de 2011. A história do jovem corneteiro que foge após ser o único sobrevivente de uma batalha é, na verdade, a grande metáfora de um conflito interno. A guerra externa é apenas um pano de fundo para as batalhas que o corneteiro trava contra si mesmo.
“Para um filme gaúcho, produzido com poucos recursos, dependendo de leis de incentivo, um prêmio na Meca do cinema mundial é um reconhecimento fantástico. E prova que uma história bem contada, uma boa ideia e, principalmente, uma boa equipe, têm seus méritos. As locações eram complicadas, filmamos com tempo ruim, chuva, e o comprometimento da equipe ficou muito claro. Parecia que todos estavam com a alma no filme ”contou Vanelli, destacando a contribuição que um prêmio internacional traz para o cinema gaúcho.
Nosso superdiretor, tecendo elogios à equipe de Corneteiro, destacou a importância da integração de todos os pequenos elementos durante a produção do curta. “Era uma sinergia fantástica, e, pro trabalho de fotografia, isso é muito necessário. Quem me deu todos os elementos foi o lugar, o vento, a mata, combinado à energia dos atores, da equipe e a generosidade do diretor Pablo Müller, que permitiu que as pessoas que estavam trabalhando com ele agregassem ao filme”.
Para aqueles que assistiram ao curta, fica claro que ele transcende o rótulo ‘guerra’, como defende Vanelli. “O filme é ambientado em alguma guerra, mas trata das batalhas internas de alguém que é jogado nesse mundo da guerra quando, na verdade, sua ideia de vida é a da paz e da arte. A guerra, nesse caso, é uma metáfora para os medos que todos temos, e como cada um lida com isso. O corneteiro foi salvo pelo amor à música. Aquela guerra não era dele”.
Trabalhar a sensibilidade dessa jornada em busca de coragem foi dos grandes focos do diretor de fotografia. “Foi um trabalho muito intuitivo e, para realizá-lo, foi preciso entrar na alma do lugar, para então, traduzir essa energia para o filme”, conta Vanelli.
A parceria entre Vanelli e a GM/2 é de longa data e já rendeu muitos (e bons) frutos. “Além de parceiros de trabalho, também somos amigos, então é sempre um prazer trabalhar com eles. Com “O Cortejo Negro”, do Diego Müller, ganhamos cinco prêmios de fotografia pelo Brasil, e o pessoal da GM/2 tem isso de levar o filme adiante, colocar em circuitos nacionais e internacionais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário