A Invenção de Hugo Cabret é a incrível aventura de um garoto esperto e despachado cuja busca por desvendar um segredo deixado para ele pelo pai transformará a sua vida e a daqueles ao seu redor, revelando um lugar seguro e amável que ele poderá chamar de lar.
O vencedor do Oscar® por Os Infiltrados, Martin Scorsese, achou a história profundamente ressonante. “Foi principalmente a vulnerabilidade de uma criança solitária que me chamou a atenção”, conta Scorsese. “Hugo vive sozinho entre as paredes de um tipo de mecanismo gigante – a estação de trem – e ele está tentando estabelecer uma ligação com o pai, já falecido.”
O longa trata da descoberta e reafirmação de um verdadeiro artista do início do cinema. “O que é incrível sobre Georges Méliès”, diz Scorsese, “é que ele explorou e inventou basicamente boa parte do que fazemos hoje. É uma linha direta entre os filmes de ficção científica e fantasia dos anos 30, 40 e 50 até o trabalho de Harryhausen, Spielberg, Lucas, James Cameron. Está tudo lá. Méliès fez o que fazemos hoje com computadores, tela verde e tecnologia digital, mas ele conseguiu apenas com sua câmera e estúdio.” Através de cenas em flashback, o público vê o arco inteiro da carreira de Méliès: de mágico a diretor e, mais tarde, dono de loja.
Com o filme pronto, Scorsese conclui: “Como diretor, sinto que tudo realizado no cinema hoje teve início com Georges Méliès. E quando olho para trás e vejo os seus filmes originais, me sinto emocionado e inspirado, porque eles ainda carregam a vibração da descoberta mais de cem anos depois de terem sido feitos. E também porque eles estão entre as primeiras e mais poderosas expressões de um formato de arte que eu amo, e ao qual me dediquei pela maior parte da minha vida”.
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